Uma luz que se acende Ilumina um vazio Um silêncio que se prende Só se prende, por um fio Acabaste de dizer “amor até já…” Cuidado essa palavra morre Ou nasce logo de manhã
Gravata cor de vermelho escuro Escolho esta, mudo ou não mudo…
Não faças por fazer De ti o meu mundo Vais perceber Não te vou contar num segundo
O Malandro Corre pela calçada malandro Para que ninguém o veja, Esconde-se na sombra, assim seja Fiz, a mesma coisa para te ver Enquanto não te podia ter Por mim estás á vontade Igual fiz na tua idade
Gravata cor de vermelho escuro Escolho esta, mudo ou não mudo…
Não faças, por fazer De ti o meu mundo Vais perceber não te vou contar num segundo Tanto por dizer Ficou tanto por falar nó da gravata que só tu sabes dar
Videoclip de Hoje quem? do álbum Todos os Dias Fossem Estes, Todos os Dias Fossem Outros - Realizado por Daniel Neves
Hoje quem acordou na minha cama, hoje quem é que eu sou? Já é manhã mas esta noite ainda não passou.
Que força tenho quando me tenho só a mim, de quem mais eu preciso para respirar? A minha cara faz-me sempre lembrar alguém… E os meus olhos são de quem?
Eu queria ser como tu. Eu queria crer como tu.
Eu queria ser como eu mas dos meus sonhos acorda outro alguém. Eu queria ser como quem?
Hoje quem acordou na minha carne e que sonhos roubou na madrugada de um dia que já passou?
Todo o tempo é tempo de acreditar. Mas tanto tempo já passou sem que a fé encontrasse em mim lugar… (Estava sempre onde eu não queria estar.)
Eu queria ser como tu. Eu queria crer como tu.
Eu queria ser como eu mas dos meus sonhos acorda outro alguém. Eu queria ser como quem?
Hoje quem acordou na minha cama, hoje quem é que eu sou? Já estou a pé e o dia ainda nem chegou…
Los que le cierran el camino a la revolución pacífica, le abren al mismo tiempo el camino a la revolución violenta
Só se pode fazer isto uma vez
Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e Pepetela Alimentado por parágrafos de Nélson Mandela Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo Este é o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso
Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim E podes ver na minha cara a raiva de Lenine Eu choro este sangue que devora o espírito E choca os mais sensíveis, e torna-me um monstro como Estaline
Valete a.k.a Ciclone Underground, nigga O filho do bastardo da vossa opressão, nigga Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga Sou como Malcom-x com o microfone na mão
Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista E levo mais comigo para a rebelião Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção
Eu vim para ressuscitar Lumumba, Ghandi e Arafat E os nossos homens de combate através desta canção Pai, eu tatuei no meu peito a Tua imagem Para respirar através dela a Tua batalha e a Tua coragem
Hoje eu trago nos meus braços a Tua alma e a Tua mensagem E as escumalhas não sabem que jamais irão levar vantagem Nós vestimos a farda de Xanana E levamos drama do terceiro mundo à casa branca
Desfilamos com a mesma gana que tropas em Havana E com a resistência suburbana desta convicção cubana Toma, esta ira psicopata deste filho de Zapata Activismo de vanguarda é o registo de som
Eu trago a obstinação com que Luther King abalou E a mesma solução todo o meu people sonhou Eu sou aquele mundo novo que Bob Marley cantou Esboço desse sofrimento todo meu povo guardou
(Refrão) Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim Este é o som da revolução que em breve chegará Eu sou anti-herói, que nunca se renderá Eu sou um dos filhos deste mundo que a Luta inspirou No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará Eu sou o anti-herói que o povo aclamará
Enquanto eu me enveneno com este rancor Vou pondo balas no carregador para abater esses opressores Esta é a missão dos peronistas, que eu assumi na hora Com a determinação que herdei da minha progenitora
Ninguém pára a frente armada que eu comando agora Combate a escória na alvorada como fez Samora Eu trago nesta oratória a história dos filhos que viram a morte inglória dos pais E que hoje anseiam desforra
Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia Esse é o grito desse mundo que chora e implora Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não acorda
Vítimas de quem fez de todo o mundo seu património Da hipocrisia assassina do FMI e da ONU É o povo anónimo cobaia de liberalismo económico Que sai das amarras eufórico para combater o demónio
Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista Quando eu disse que era um trotskista belicista Posicionei-me assim contra a América imperialista Aqui está o vosso kamikaze terrorista
Farto de vos ver sentados, manipulados Por uma televisão que vos deixa impávidos e formatados Asnáticos inconformados, fechados e enganados Otarios e atrasados, inválidos e atordoados
Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de gente angustiada Traumatizada por um passado onde foram pisadas, martirizadas Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropiadas Cuspidas
Por uma brigada Desalmada de parasitas Que devastaram arrasaram vidas E agora vão pagar com a descarga Desta entifada criada pelos homens que vocês flagelara E sobraram com guerra para vingar aqueles que não ficaram
(Refrão) Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim Este é o som da revolução que em breve chegará Eu sou anti-herói, que nunca se renderá Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará Eu sou o anti-herói que o povo aclamará