sábado, 30 de maio de 2009

"Ordena que te ame" - Mundo Cão


Entrei no teu jogo como um louco,
fui ingénuo e tu tão fatal.
Joguei-me todo e foi tão pouco,
o amor é o teu instinto mais cruel
Enquanto te sigo melhor me faço o teu troféu
Entrei no teu jogo como um louco,
eu sou o teu escravo mais leal

Ordena que te ame,
e odeia quando falho.
Mas usa, abusa de mim e eu serei
feliz até ao fim

Marquei as unhas no corpo,
tornei-me um bicho irreal.
Infectei o lugar onde me punhas.
O amor é este monstro final
Gostas do teu troféu erguido neste inferno?
Marquei o corpo com as unhas,
pus-me um louco tão original

Ordena que te ame
e odeia quando falho.
Mas usa, abusa de mim e eu serei
feliz até ao fim

Ordena que te queira
e odeia quando paro.
Leva-me, arrasta o meu corpo
desfeito em pó

Ordena que te ame
e odeia quando falho.
Mas usa, abusa de mim e eu serei
feliz até ao fim

Ordeno que me odeies,
amo que tu sofras.
O que uso, abuso, é sempre assim,
morrerá por mim (x2)

Letra: Valter Hugo Mãe

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Asseio do destino

"Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar de vida como mudamos de roupa - não para salvar a vida, como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio por nós mesmos, a que propriamente chamamos asseio.

Há muitos em quem o desasseio não é uma disposição da vontade, mas um encolher de ombros da inteligência. E há muitos em quem o apagado e o mesmo da vida não é uma forma de a quererem, ou uma natural conformação com o não tê-la querido, mas um apagamento da inteligência de si mesmos, uma ironia automática do conhecimento.

Há porcos que repugnam a sua própria porcaria, mas se não afastam dela, por aquele mesmo extremo de um sentimento , pelo qual o apavorado se não afasta do perigo. Há porcos de destino, como eu, que se não afastam da banalidade quotidiana por essa mesma atracção da própria impotência. São aves fascinadas pela ausência de serpente; moscas que pairam nos troncos sem ver nada, até chegarem ao alcance viscoso da língua do camaleão.

Assim passeio lentamente a minha inconsciência consciente, no meu tronco de árvore do usual. Assim passei o meu destino que anda, pois eu não ando; o meu tempo que segue, pois eu não sigo."


de O LIVRO DO DESASSOSSEGO - Fernando Pessoa (composto por Bernardo Soares,ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa) http://www.triplov.com/fernando_pessoa/bernardo_soares/frag42.htm

segunda-feira, 25 de maio de 2009

"Miúdo" - Cindy Kat & JP Simões


Nós somos o que vemos na TV
ou então a TV nunca nos viu
Só nos mostra os monstros de perfil
como se eles brotassem do vazio ...cheiooos de cio


miúdo, o que é que levas nesse saco....
aah miúdo, o que é que levas nesse saco

nesse saco aí
junto ao ventre

miúdooooo o que é que levas nesse saco
nesse saco físico

miúdoooooo,eu faço parte desse saco

Nós somos a matéria do amor
no molde de miséria as paixões
Se Deus tivesse filhos p.f
não os deixava nas imediações

miúdo, o que é que levas nesse saco....
aah miúdo, o que é que levas nesse saco

nesse saco aí
junto ao ventre

miúdoooooo,eu faço parte do vulgo densooo e mauuuu
miúdoooooo,eu faço parte desse saco
Cindy Kat in Polaroid, 2005

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quarta-feira, 20 de maio de 2009

mais um grito à nossa maneira!!!

Como poderei eu jamais tentar ou esquecer a tua amizade, e os momentos que compartimos?
Os nossos momentos podem ser quebrados, mas têm a sua maneira, e não há nada que possamos fazer!!
Então façamos o que há a fazer, e não me entrepretes mal, sabes que não tens que te preocupar comigo, eu faria-o de novo!!
Eu posso entender que não pode ser, é difícil tanto quanto pode ser, mas não vou esconder o meu desespero acho que nunca terei de o fazer!
Tão cansado da vida sem contos, peço-te segura o tua força porque irei precisar dela!!!
Sei que vais manter todas as palavras por nós ditas!!!!


FMML

segunda-feira, 18 de maio de 2009

ERROS!!!

Conhecemos pessoas fantásticas em situações complicadas, falamos expomo-nos e essas pessoas expõem-se, contam-nos relatos breves da própria vida ouvimos atentamente, partilhamos as nossas experiências, chegamos à conclusão que queremos essas pessoas por perto.
Mais conhecemos mais queremos conhecer, mais falamos mais queremos ouvir, falamos durante horas com um grau soberbo de atenção!!!
Chegamos cada vez mais à conclusão que essas pessoas têm que ficar perto!
Lembramo-nos de repente que também nos podemos divertir e passar bons momentos com elas!
Passam dias já temos confiança suficiente então fazemos uma estupidez!! não devia ter sido feita mas naquela hora parece o mais sensato e seguimos em frente corremos o risco de acabar com uma amizade!!!!
Mas que vem a ser isto quem nos dá o direito de arriscar, por termo a uma história dessas ninguém merece!!
Só depois de agir/errar é que aprendemos com os nossos erros???

toca-te colega toca-te!!! lol
o...

pergunto????

O que acontece a dois amigos quando depois de passarem por tanto parecem perdidos e preferem a outros, dão as mãos para se cumprimentar ignorando tudo aquilo que deram um ao outro. Se até então eram grandes amigos sempre um para o outro, e o mundo lhes favorecia a relação será que passaram este tempo todo enganados??
o que os faria distanciar do seu tranquilo local, será que não pensam nem um instante nesses dias e momentos que um dia foram só deles e para eles????

FMML

que é isto???

Sim infelizmente não somos nem tão fortes como queriamos nem tão fracos como deviamos, vivemos num mundo onde a moeda de troca é a violencia e pagamos cada vez mais com retribuições de mau humor quando as pessoas que nos rodeiam são aquelas que o melhor nos merecem.
Más disposições, falta de paciencia, falta calma essa que por nós era ou foi tão apreciada em tempos!!!
Onde estão todos esses valores esquecidos que toda gente se empenhou em nos transmitir????
FMML

sábado, 16 de maio de 2009

pensamento

Todos os que poderiam montar um quadro triste e desolador funcionam como um ponto de partida para uma história optimista e de celebração da vida!!!! FMML



!!!o segredo da felicidade é fazer sómento aquilo que se gosta!!! Gabriel Garcia Marques

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Minha senhora da solidão" - Jorge Palma


Minha senhora da solidão
Minha senhora das dores
Quanto tempo falta para te ver sorrir
Quantas misérias ainda vais exibir
Quanto tempo mais vou ter de te ouvir queixar?

Minha senhora da solidão
Vê como o Sol brilha hoje
Odeio ver-te sempre de luto
Gostava de ver o teu olhar enxuto
De descobrir alguma graça no teu andar

O teu crucifixo não me ilumina
E o teu sacrifício não me pode fazer bem
Não é bom para ninguém
Huuum, não ajudas ninguém...

Minha senhora da solidão
Minha senhora dos prantos
Tens um "ai" encravado na boca
Que dia após dia te sufoca
Precisas de bem mais que uma simples oração

Minha senhora da solidão
Minha senhora das culpas
Tenho que evitar o teu contágio
Não quero mais saber do teu naufrágio
A praia esteve sempre ao alcance da tua mão

O teu crucifixo não me ilumina
O teu sacrifício não me pode fazer bem
Não é bom para ninguém
Huuum, não ajudas ninguém...

terça-feira, 12 de maio de 2009

"Grito" - Pólo Norte & Delfins

"olha tens que colocar no teu blog o "grito" dos polo norte"

Aqui tens Menina! Um grito a teu pedido.



Há alturas na vida
Em que se sente o pior
Como que uma saída
Refúgio na dor

E ao olhar para trás
Pensar no que aconteceu
O que se vê não apraz
Não gritou mas escondeu

E salta a fúria em nós
Rebenta o ser mais calado
Querer puxar pela voz
Mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
A desesperar
Ganhar a coragem de gritar e gritar

E é nestas alturas
Sou eu mesmo que o digo
Repensamos na falta
Que nos faz um amigo

Alguém que nos mostre a luz
E nos estenda essa mão
Diga que a vida não é cruz
Olhar para trás pedir perdão

E salta a fúria em nós
Rebenta o ser mais calado
Querer puxar pela voz
Mostrar que está revoltado

À espera o tempo a passar
A desesperar
Ganhar a a coragem de gritar e gritar

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"É um jogo" - Mão Morta


Tour Ventos Animais - Mão Morta Cinema S. Jorge 01/04/2009

é um jogo a que não podemos jogar um jogo de que somos os espectadores um jogo de desconhecidos jogadores um jogo a que nunca iremos ganhar olha a menina a dançar tão bela no seu saltitar canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar olha a menina a dançar quem vai com ela ficar? canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar é um jogo feito para nos comandar um jogo de que desconhecemos as regras xadrez de que se retiraram as negras um jogo feito para nunca acabar olha a menina a dançar tão bela no seu saltitar canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar olha a menina a dançar quem vai com ela ficar? canta a roleta a rodar mistérios da sorte e do azar é a nossa a vida que está em jogo é a nossa a vida que outros jogam

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quarta-feira, 6 de maio de 2009

"O Bêbado Pintor" - Mafalda Veiga / Alfredo Marceneiro

A ti Luís, meu amigo pintor!

A letra da Mafalda é a tua cara chapada!



Faixa 10 de Nada se repete, nada se promete (1992) - Mafalda Veiga

(Letra e música: Mafalda Veiga; Arranjo: Manuel Faria)
(inspirado no fado "O Bêbado Pintor" de Alfredo Marceneiro)

Encostado ao balcão da taberna
O bêbado pintor
Espera a noite de sombras vazias
E quem vende o amor assim

Louco e ébrio num circo deserto
Cambaleando e só
Um palhaço triste
Inventa um pouco de alegria
E dança num palco gasto
Afastando o pó

Hoje eu sou rei do mundo
Pintor de todo o lugar
Um coração de vagabundo
Sabe voar

Ela entra nas noites sem rumo
Com o olhar vazio
E traz nos cabelos
A brisa leve do Outono
Que ele quis pintar
E lhe fugiu

Só e ébrio num carrossel louco
Sem mastro nem chão
Diz-lhe: vem ver um palhaço triste
Descobrir a poesia
Em noites de amor
E solidão

Hoje eu sou o rei do mundo
Pintor de todo o lugar
Um coração de vagabundo
Sabe voar


O fado da inspiração!

Encostado sem brio ao balcão da taberna
De nauseabunda cor e tábua carcomida
O bêbado pintor a lápis desenhou
O retrato fiel duma mulher perdida

Era noite invernosa e o vento desabrido
Num louco galopar ferozmente rugia,
Vergastando os pinhais, pelos campos corria,
Como um triste grilheta ao degredo fugido.
Num antro pestilento, infame e corrompido,
Imagem de bordel, cenário de caverna,
Vendia-se veneno à luz duma lanterna
À turba que se mata, ingerindo aguardente,
Estava um jovem pintor, atrofiando a mente,
Encostado sem brio ao balcão da taberna.

Rameiras das banais, num doido desafio,
Exploravam do artista a sua parca féria,
E ele na embriaguez do vinho e da miséria,
Cedia às tentações daquele mulherio.
Nem mesmo a própria luz nem mesmo o próprio frio,
Daquele vazadouro onde se queima a vida,
Faziam incutir à corja pervertida,
Um sentimento bom damor e compaixão,
Plo ébrio que encostava a fronte ao vil balcão,
De nauseabunda cor e tábua carcomida.

Impudica mulher, perante o vil bulício
De copos tilintando e de boçais gracejos,
Agarrou-se ao rapaz, cobrindo-o de beijos,
Perguntando a sorrir, qual era o seu oficio,
Ele a cambalear, fazendo um sacrifício,
Lhe diz a profissão em que se iniciou,
Ela escutando tal, pedindo-lhe alcançou
Que então lhe desenhasse o rosto provocante,
E num sujo papel, o rosto da bacante
O bêbado pintor com um lápis desenhou.

Retocou o perfil e por baixo escreveu,
Numa legível letra o seu modesto nome,
Que um ébrio esfarrapado, com o rosto cheio de fome,
Com voz rascante e rouca à desgraçada leu,
Esta, louca de dor, para o jovem correu,
E beijando-lhe o rosto, abraço-o de seguida...
Era a mãe do pintor, e a turba comovida,
Pasma ante aquele quadro, original, estranho,
Enquanto o pobre artista amarfanha o desenho:
O retrato fiel duma mulher perdida.

Quem pode manda, obedece quem quiser... que lógica!!!!


Li algures na world wide web "Quem pode manda, obedece quem quiser..."!

Será que é assim!
Será que podemos dar-nos ao luxo de não obedecer?

E eu que para aqui ando "com a cabeça entre as orelhas", como canta o Godinho, pergunto: E quem é obrigado a obedecer????!!!!! Como fica?



Lógica

Só um decassílabo tem dez versos,
como diria o senhor de La Palice.
Também a lógica pode ser uma batata
como diria o coelho à pequena Alice.

Há ainda muito por descobrir
em tudo aquilo que já sabemos,
mesmo que o sol não esteja parado,
mesmo que a lua não seja a fingir.

E quando penso que chego ao outro lado
é ainda o mesmo que estou a ver;
ou se entro no mar da tranquilidade

o temporal não me dá tempo para o ver.
Um barco em terra, uma carroça no mar,
são os imprevistos com que temos de contar
.

(do livro O Breve Sentimento do Eterno (pg.47) de Nuno Júdice)


Esta lógica já entendo melhor: preparemo-nos na esperança da vinda de melhores tempos e ventos... e marés!

terça-feira, 5 de maio de 2009

"Talk to me" - Peaches


Why don't you talk to me?
im standin here alone
i know youll never phone

Why don't you talk to me?
Why don't you talk to me?
come say it to my face
so we can leave this place
Why don't you talk to me?

what your thinkin i would never know
nows the time for you to let it go
let it be and hold you tight
scream at me for just one night

Why don't you talk to me?
Why don't you talk to me?
come on and dig your horns
instead of dirty looks
Why don't you talk to me?

stop
youve got no where to go
no blame, no shame
this aint a peaches show
its just me and you
its just me and you
its just me and you
its just, me and you

theres no wall for you to hide behind
stop pretendin that the problems mine
lift your head and look me dead in the eye
what made you so bitter inside

Why don't you talk to me?
Why don't you talk to me?
because im standin here
i got an open ear
Why don't you talk to meeee?

go, go ,go
come on
spit it out
rolls off your tongue
right out your pretty mouth
youve got to say it to believe it
got to say it to believe it
got to say it, got to say it say it say it say it

Say Why don't you talk to me?
Why don't you talk to me?

Why dont you!
talk to me
talk talk to me
talk to me
talk talk to me(to me)
talk to me
talk talk to me(Why don't you talk to me?)
talk to me
talk talk to me

sábado, 2 de maio de 2009

quem quiser que entenda!!! eu ja não tento!!!!



cat power!!

Às vezes








Lyrics | Cat Power Lyrics | Lost Someone Lyrics!!

Falar não faz mal

Ouvir falar com palavras fortes e cruas é sentir a verdade ouvida
Falem-me do que faço mal ou menos bem
Digam-se como poderei ter mais noção daquilo que sou e do que faço aqui entre vós
Não me olhem silenciosamente se quiserem conhecer-me mais e melhor
Interpelem-me que eu direi sempre algo: bom ou mau; oco ou sentido!


de F.J.O.C.

sexta-feira, 1 de maio de 2009