quarta-feira, 26 de abril de 2017

"Cobranto" - Quinta-feira 12

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Quinta Feira 12 - Cobranto

Alguém me tirou o encanto, enquanto...
Fugiu daqui pra me deixar o cobranto
Leva nas mãos os meus pecados principais
Com ar de quem um dia já foi dona de muito mais

E tu olhavas para mim de lado
E eu pensava em ti demasiado
Falavas alto e eu pensava calado, apaixonado...

Refrão
Mas como é que eu vim parar aqui
Estas pernas não fazem parte de mim
Mas gosto de te ver assim!

E não é por isso que eu vou
Deixar de ver o mar...
E não é por isso que eu vou
Deixar de te avisar
Talvez por ser o homem que sou
Eu nunca vou ganhar
Talvez por ser o homem que sou
Deixasse este meu peito estilhaçar

E tu olhavas para mim de lado
E eu pensava em ti demasiado
Falavas alto e eu pensava calado, apaixonado...

Refrão
Mas como é que eu vim parar aqui
Estas pernas não fazem parte de mim

Mas gosto de te ver assim!


"FIASCO" - Álbum produzido por Rodolfo Jaca e João Correia
Co-Produzido por Daniel Valente
Gravado, misturado e masterizado por Daniel Valente nos Estúdios Caos Armado, em Santa Maria da Feira.

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Rastilho Records © 2016
www.rastilhorecords.com

quarta-feira, 19 de abril de 2017

"Judite!" - Fausto Bordalo Dias


Judite!
recordas-me a outra…
a outra que já foi embora,
desvairada no meio da noite
febril,
correndo pela cidade.
Persegues meus passos vadios
no ardente ciúme
nos amantes traídos;
espreitas o fundo da escada,
a entrada da porta,
no escuro das ruas!
procuras saber o segredo
de novos amigos,
de outros confidentes,
vigias-me o sono tão leve
e sacodes-me os ombros
no melhor do sonho!
apalpas em vão os meus bolsos
tu cheiras-me o corpo
apertas comigo;
revistas as minhas gavetas,
armas-te em protectora
da santa família!
disfarças por todos os lados,
nos salões, nos bares,
andas às escondidas,
mas deixas por todos os cantos
o perfume rosqueiro
da mundana chatice!
Judite!
recordas-me a outra…
recordas-me a outra senhora,
tu lembras-me a louca da velha,
Judite!
às voltas pela cidade.
Sorris como os apaixonados,
na falsa clarividência
do chato abstémio;
esperas, paciente, no tempo,
pairando no voo
terrível da harpia!
percorres na mecha a distância,
herdaste do clã
as carros artilhados,
e escutas na bisbilhotice
a conversa dos outros
que não te conhecem!
tu podes levar-me o que queiras
tu sabes qual é
o meu código postal,
mais tarde acertamos as contas
zelosa Judite!
larga-me da mão!
Judite!
recordas-me a outra…
do tempo da outra senhora,
tu lembras-me a louca da bruxa
Judite!
rondando a minha cidade!

"Judite!" do álbum, de Fausto: Histórias de Viajeiros, 1979
Letra e Música: Fausto

segunda-feira, 17 de abril de 2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

"No Meu Lugar" - PZ



Não quero por o pé lá fora
Não quero por o pé lá fora
Tenho medo de encontrar um bicho, ou isso

Não quero por o pé lá fora
Não quero por o pé lá fora
Não quero dar de caras com um bicho, ou isso

Quero ficar
No meu lugar 
Para encontrar 
O meu lugar

Não sabes o que tens 
quando manténs 
dúvidas, dúvidas...
daquelas que empatam

Mas quando convém
tu já não tens
dúvidas, dúvidas
Elas quase que me matam

Quero por o pé lá fora
Quero por o pé lá fora
Quero poder me encontrar contigo, ou isso

Quero por o pé lá fora
Quero por o pé lá fora
Quero poder me encontrar contigo, é isso

Fazes muito bem
tu já não tens
dúvidas, dúvidas...
elas quase que me matam

Quando convém
tu já não tens
dúvidas, duvidas... 
daquelas que empatam

Quero ficar
No meu lugar 
Para encontrar 
O meu lugar

Não quero por o pé lá fora
Não quero por o pé lá fora
Não quero dar de caras com um bicho, ou isso
"No Meu Lugar" de PZ do álbum "Império Auto-Mano"
Realizado por Paulo Zé Pimenta (PZ)

Album Links:

sábado, 8 de abril de 2017

Deslouco (... de amanhã)


Cada vez que passa da hora
O passado assombra-me
Sem assustar, nem penar
Falta-me sempre a noção
De saber certeza de como estás, hoje

Agora, no teu dia-a-dia, vês-me
Mas nada sabes de mim
Não lês, jà, os meus gestos, olhares, gritos
Nem ela saberia tão menos de mim
Se a minha presença lhe fosse fugaz

Sinto-me só, sendo eu
Sinto-me a rebentar em ego
Por desejar dos teus momentos
Com quem hoje me surge mais

Tenho loucura liberta que baste 
Para te chamar em grito
Em tempo de saudar a maturação da idade
Pinto o teu céu, sem mim
Foi-se-me o teu canto de mim
Não o vejo, na réstia da tua vivacidade