terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sonho de pesar

"Mesmo eu , o que sonha tanto, tenho intervalos em que o sonho me foge. Então as coisas aparecem-me nítidas. Esvai-se a névoa de quem me cerco. E todas as arestas visíveis ferem a carne da minha alma. Todas as durezas olhadas me magoam o conhêce-las durezas. Todos os pesos visíveis de objectos me pesam por a alma dentro."

de O LIVRO DO DESASSOSSEGO - Fernando Pessoa (composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa) http://www.triplov.com/fernando_pessoa/bernardo_soares/frag80.htm

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