quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Liberdade de correr, de saltar, de gritar

Correr, com este frio, é quase como gritar
Quando, em menino, corria sem pensar em nada
Não havia vontade sabida nos gritos de cada
As correrias saiam fluídas e a desgarrar


E crescido... agora, talvez só mais velho
Há sulcos cá dentro que ecoam urros
São um impulso sério dos murros
Que nunca nos apeteceriam em fedelho


O espelho já reflecte rugas e cãs
E as pernas já não correm sem nexo
Há que equilibrar o corpo convexo
Com o desgaste diário da mente vã


Quando, em menino, corria sem pensar em nada
Hoje corro a pensar em tudo e grito à desgarrada

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